segunda-feira, 9 de julho de 2012

Bullying e o instinto animal.


Muito se tem falado sobre o bullying e, neste texto, abordarei o tema correlacionando-o com os instintos animais sob a ótica da Lei da Matilha.
Todos os animais têm instintos, que regem seus comportamentos. Todos os humanos são mamíferos e, em nós, são nítidos os instintos de sobrevivência e de perpetuação da espécie em cada um dos seus indivíduos. A grande diferença é que os humanos, por serem inteligentes, desenvolveram a civilização e a cidadania.  A lei instintiva da matilha procura eliminar seu componente mais fraco, mais lento ou defeituoso, pois estes enfraquecem a matilha, enquanto os civilizados os protegem.
Assim também temos resquícios de comportamentos animal nos relacionamentos sociais humanos.
Atualmente a educação de valores humanos da cidadania também foi atingida pelos acelerados avanços da civilização. A emancipação da mulher, a substituição da educação familiar pela escolar (com as crianças sendo levadas às escolas até com menos de 1 ano de idade), as dificuldades financeiras, o consumismo etc. trouxeram grandes diferenças nos funcionamentos das famílias. As crianças foram saciadas nas suas necessidades, o que é natural, e nas vontades, que precisariam ser educadas. Elas tornaram-se tiranas, mandando nos seus pais, chegando até mesmo a agredi-los fisicamente, por falta de limites e educação.
Pelo silêncio e não reação, os pais confirmaram esta tirania e os amados filhinhos tornaram-se tiranos não frustráveis, e quando frustrados reagem com violência. Ao agir, estas crianças seguem os conceitos humanos mais primitivos, quase instintos animais. Na família, o filho mais fraco é protegido pelos seus pais, mas seus irmãos em geral judiam dele, tiram vantagens pessoais da fraqueza dele: é o bullying sendo praticado dentro de casa.
Na escola, os alunos não aprendem somente o que os “professoras ensinam”, pois eles imitam e copiam os comportamentos dos mais fortes, nunca do mais fraco. Os pais em casa, também por ficarem tanto tempo fora de dela, quando estão juntos com os filhos tornam-se tolerantes e submissos aos caprichos e delinquências dos tiranos domésticos.
Os tiranos domésticos tiranizam também nas ruas. A grande oportunidade para ser líder é descobrir quem não reage, o que tem medo, o que pode ser dominado. Esta não-reação é o principal componente para que o bullying prossiga. O agressor se torna líder e impõe à vítima toda a sorte de abusos. Este vítima, além da dificuldade de reagir, torna-se refém das suas ameaças e entra em pânico. É quando apresenta calado os sinais de abusado pelo bullying.
Não há dois líderes numa matilha. Um é líder e todos os outros são seguidores. Quando um mais fraco é atacado pelo líder, é atacado também pelos seus seguidores. Assim ocorre com o bullying. Quando um líder ataca a sua vítima, naturalmente outros jovens sem educação adotam o mais forte como líder e também atacam a mesma vítima. Somente entre os humanos educados é que emerge aquele que vai proteger a vítima, pois não somos animais.
Compreendendo-se esta dinâmica, os pais e professores terão melhores condições de combater o bullying, interferindo com ajuda à vítima e educação do líder abusador e seus seguidores. A vítima tem que aprender a se defender. O líder e seus seguidores têm que aprender a ser cidadãos. Estes trabalhos devem ser feitos na parceria entre pais e professores para transformar maus líderes em seguidores. Portanto, alguém tem que ser mais forte do que eles, já que esta é a linguagem que eles entendem.

IÇAMI TIBA

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Pais e Educadores de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 28 livros

sexta-feira, 6 de julho de 2012

NOVIDADES DA BIBLIOTECA!

INFORMAMOS A COMUNIDADE DA E. E. PROFESSOR JOÃO FERNANDINO JR, QUE NOSSA BIBLIOTECA POSSUI UM BLOG PARA DIVULGAR AS NOVIDADES E INCENTIVAR A LEITURA.
O ENDEREÇO DE ACESSO SEGUE ABAIXO:


"VIAJE PELO MUNDO DOS LIVROS"

ATENÇÃO COMUNIDADE ESCOLAR DA E. E. PROFESSOR JOÃO FERNANDINO JR

Senhores pais ou responsaveis;

Em cumprimento às orientações recebidas da SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO/MG, a diretoria da E. E. PROFESSOR JOÃO FERNANDINO JR convoca vossa senhoria a comparecer a esta unidade de ensino no dia 07/07/2012, às 08:00 horas, para apresentação dos resultados da reunião (dia D) ocorrida no dia 04/07/2012.

Atenciosamente;

EQUIPE GESTORA

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tabaco: O holocausto silencioso!


Um dos retratos mais angustiantes do vício em substâncias químicas foi feito em “A Consciência de Zeno”, do escritor italiano Italo Svevo. No romance, o protagonista luta, inutilmente, para se livrar do hábito de fumar, sempre às voltas com o último cigarro: “Acendi um cigarro e logo me senti relevado da inquietude, apesar de a febre talvez aumentar e de sentir a cada tragada que as amígdalas me ardiam como se tocadas por um tição. Fumei o cigarro até o fim com a determinação de quem cumpre uma promessa”.

A época em que este clássico da literatura moderna foi publicado, início dos anos 1920, marcou também a ascensão da indústria do cigarro. Nas décadas seguintes, uma publicidade agressiva faria aumentar o número de dependentes no mundo, tornando o tabaco a droga mais consumida e mais mortal em toda a história da humanidade.

No ano passado, 6 milhões de pessoas morreram em todo o mundo de doenças relacionadas ao tabagismo (número similar ao de judeus assassinados noholocausto nazista). Desse total de mortes, 80% ocorreram em países pobres ou em desenvolvimento, onde ainda não existe legislação específica restringindo a produção, comercialização e uso do tabaco. Neste ritmo, estima-se que um bilhão de pessoas morram durante o século 21 devido ao fumo ou exposição à fumaça de cigarro.

Os dados fazem parte da quarta edição do Atlas do Tabaco, lançada em 21 de março durante a 15a Conferência Mundial Tabaco ou Saúde, realizada em Cingapura.

De acordo com o relatório, a indústria do tabaco lucrou quase US$ 6.000 para cada morte causada pelo fumo no ano de 2010. Neste ano, a renda das seis maiores fábricas de cigarro do planeta foi de US$ 35 bilhões, o que corresponde aos lucros combinados da Coca-Cola, da Microsoft e do McDonald’s no mesmo ano.

É um dos negócios mais lucrativos do planeta. Aproximadamente 20% da população adulta mundial fuma cigarros. Originário das Américas, o tabaco foi levado para a Europa no século 15 e, nos séculos seguintes, tornou-se um dos pilares da economia imperialista.

Já no século 19 o costume de fumar deixou os salões da aristocracia e se popularizou, na Europa e na América. Nas primeiras décadas do século 20 surgiram a indústria do tabaco e o marketing em torno do produto, tendo como público-alvo as mulheres e, mais tarde, os adolescentes.

As propagandas associavam o fumo a hábitos saudáveis e jovialidade, sendo comum atletas, artistas e até médicos anunciarem o produto em rádio, TV e jornais. Os estúdios de Hollywood recebiam verbas para que seus astros fumassem em filmes. Mais do que uma “pausa” na hora do café, o cigarro se tornou parte da cultura e sociedade moderna.
 

Sabor chocolate

Nos anos 1970 foram dados os primeiros alarmes da comunidade médica sobre os efeitos nocivos do cigarro, não obstante os esforços do setor empresarial para tentar impedir que o público fosse informado dos males do vício. Hoje, o tabagismo é apontado como causa da morte de 15% dos homens e 7% das mulheres. Além disso, o fumo é considerado fator de risco de quatro causas de morte – câncer, doenças cardíacas, diabetes e doenças do aparelho respiratório – que respondem por 63% dos óbitos no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Mas, diferente de outros agentes cancerígenos, o fumo pode ser prevenido com políticas públicas. Elas incluem taxação do produto, banimento da publicidade, restrição de fumo em locais fechados e campanhas de saúde. A epidemia do tabaco, para os Estados, se traduz em prejuízos nas áreas de Saúde e Previdência Social, o que levou os governos a deixarem de compactuar com os fabricantes.

Uma iniciativa mais abrangente foi a assinatura da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), um acordo internacional que estabelece compromissos de criação de políticas de controle do tabaco e cooperação entre governos. O tratado entrou em vigor em 2005, e possui 174 países membros e 168 signatários, incluindo o Brasil.

Segundo país a assinar o acordo, o Brasil possui leis que o colocam na vanguarda da luta contra o tabagismo. No final dos anos 1980, os fabricantes foram obrigados a estampar nas embalagens a frase “O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde”. A proibição da publicidade veio em 2000 e, a partir de 2008, os maços de cigarro passaram a trazer imagens provocativas, com o objetivo de chocar o fumante.

No ano passado, uma lei federal proibiu o fumo em locais fechados, banindo o cigarro de espaços como restaurantes, casas noturnas e cinemas. Na mais recente ofensiva contra a indústria, no dia 13 de março, o governo proibiu o uso de aditivos que dão sabor aos cigarros (menta, chocolate, canela e fruta). Cigarros desse tipo representam 22% do total vendido no país e fazem parte de uma estratégia para tornar o produto mais atrativo para crianças e adolescentes.

Também foram proibidas substâncias que potencializam no organismo a ação da nicotina – o princípio ativo do tabaco cujo uso causa dependência. As empresas têm até dois anos para se adaptarem às normas.

Estima-se que, no Brasil, 23,9% da população seja fumante, e que 200 mil mortes por ano sejam decorrentes do hábito de fumar. Entre as vítimas mais famosas do cigarro está o comediante Chico Anysio, morto em 23 de março depois de sofrer anos de enfisema pulmonar e doenças respiratórias causadas pelo fumo.

Em entrevista, a viúva do humorista disse que pretende criar um instituto antitabagista, somando-se, assim, a outras campanhas da sociedade civil, entre elas uma da própria Rede Globo, que exibiu no programa Fantástico a série “Brasil sem Cigarro”, apresentada pelo médico Dráuzio Varella. Décadas após o início do “holocausto silencioso” promovido por empresas e governos, Zeno, personagem do romance de Svevo, teria hoje mais informações e apoio médico para largar o vício.

José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Programa que avalia a aprendizagem escolar passa a ter questões de novas disciplinas.


A partir de hoje (02/07), educadores das disciplinas de Filosofia, Sociologia e Educação Física passam a contar com o apoio do Programa de Avaliação de Aprendizagem Escolar (PAAE). O Programa que possibilita o professor a gerar avaliações, em um sistema da Secretaria de Estado de Educação (SEE), para o diagnóstico do desempenho de seus alunos, tem agora um banco de itens para os conteúdos de Filosofia, Sociologia e Educação Física. Com isso, os professores já podem gerar as avaliações contínuas paras essas áreas de conhecimento e assim, acompanhar o desempenho de seus alunos e traçar ações pedagógicas durante o ano letivo.
O professor é o responsável por gerar a Avaliação Contínua, a partir do cadastro no sistema. O exame é aplicado aos alunos de acordo com seleção dos tópicos de conteúdos a serem avaliados na disciplina. Cada prova é composta por 15 questões e o professor poderá gerar uma prova por mês (junho, julho, agosto, setembro e outubro).
Porém, é importante ficar atento. O professor só conseguirá gerar a prova do mês seguinte caso tenha inserido os dados (respostas do professor e aluno) do mês anterior. Para o professor gerar a prova e inserir suas respostas e dos alunos, o diretor deve liberar a senha do professor e cadastrar as turmas do 1º ano do ensino médio da escola no sistema do PAAE.
A Avaliação Contínua é opcional, mas auxilia o professor no diagnóstico da aprendizagem do aluno durante o ano letivo.
No final do ano, os alunos farão a Prova de Aprendizagem anual para que avaliado sobre os conhecimentos adquiridos durante o período letivo de 2012.
O Programa de Avaliação da Aprendizagem Escolar (PAAE) é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação. A iniciativa é um suporte didático para professores e gestores de escolas estaduais.
FONTE: SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE MG